sexta-feira, maio 29, 2015

SONHOS MOLHADOS DE UMA NOITE DE OUTONO NO LITORAL DE SÃO PAULO


Na noite que passou, eu sonhei estar nu em uma jangada em alto mar, com várias negras igualmente nuas ao meu redor. Não eram mulheres exuberantes. Pelo contrário, pareciam ter escapado da capa de "Electric Ladyland", álbum clássico do Jimi Hendrix Experience. O mar estava revolto. Eu, apavorado. Elas não. Sorriam sem parar, sem demonstrar a menor preocupação com a situação. Num determinado momento, mesmo com a jangada a jogar para os lados e para o alto o tempo todo, elas ficaram em pé. Equilibradas, sabe-se lá como, começaram a andar em minha direção, e a esfregar os pelos pubianos extremamente grossos e cortantes de suas bucetas em minhas pernas, meus ombros, meu rosto, que sangravam abundantemente após o contato. De repente, eu não consegui ver mais nada, nem mesmo o mar a me engolir. Tudo ficou vermelho. Minha pele ardia ao contato das feridas causadas por elas com a água salgada.

Acordei assustadíssimo. Onde já se viu ter um pesadelo com mulheres negras? Justo eu, que sempre tive um apreço todo especial pelas mulheres vindas do Continente Esquecido? Se bem que aquelas mulheres da jangada pareciam mais com zumbis, não prezavam exatamente pela feminilidade. Talvez esta seja a deixa para que eu retorne à psicoterapia. Dei alta a mim mesmo quando vim embora de Lisboa para cá. Desde então, estou "shrink-free" Talvez tenha me precipitado...

Ou talvez não. O jantar que preparei ontem foi um tanto quanto pesado. O pesadelo que tive muito provavelmente vem de uma digestão atrapalhada.  As meninas pediram que eu preparasse pizza. Uma delas quis bacon. A outra, pepperoni. Reuni os dois pedidos num conceito único diferenciado: pizza quadrada de pepperoni com bordas de bacon. Preparei eu mesmo a massa e... voilà! 

Elas adoraram. 

Eu também. 
Ah, sim... as meninas de que estou falando estão aqui, ao meu lado, a dormir. São duas gêmeas idênticas que conheci numa palestra numa não muito prestigiosa Universidade daqui de Santos, e que contratei através do programa de estágio remunerado da Bronkson Thompson como minhas assistentes. 

Os nomes delas: Mariluce e Marilice. 

Nomes risíveis para criaturas adoráveis. 

O pior é que nunca acerto qual delas é Mariluce e qual delas é Marilice. 

Por sorte, elas compreendem minha dificuldade, e, generosas que são, pouco se importam com minha confusão constante com os nomes delas. 

E, cá entre nós, o prazer de vê-las deitadas completamente nuas, é inebriante. Compartilho com vocês, leitores. Impossível não notar um padrão de perfeição nesta imagem, e não se sentir um macho alfa privilegiado diante de tamanha formosura.
Levantei-me e fui até a cozinha beber um copo d'água. 

Pensei em ligar a TV para ver as notícias da noite, mas lembrei das meninas dormindo, e achei melhor checar o noticiário pela web, silenciosamente.

Foi quando deparei-me com uma mensagem por email de minha ex-mulher, Margaret, com quem não falo há dois anos. 

Ela, que me deixou por outra mulher quase dois anos atrás, acabara de ser largada por essa mulher. Dizia-se arrependido de ter-me deixado. Insinuava que, caso a aceitasse de volta, tudo voltaria a ser como era antes. 

Olhei para minhas duas meninas dormindo nuas, dei uma gargalhada silenciosa, e respondi laconicamente: "Impossível".

Segui a ler as notícias da noite quando chega outra mensagem dela, dizendo entender perfeitamente minha inconformidade. Desta feita, ela praticamente implorou que eu a recebesse de volta. 

Desta vez, não respondi, e retruquei com outra pergunta: "Estás a precisar de dinheiro". Ela disse que não. "Sendo assim, eu lamento muito, mas não há mais nada que eu possa fazer por você, além disso."

E não havia mesmo. Nosso casamento acabou de uma maneira muito triste, por intransigência dela. Eu teria aceitado, sem o menor problema, uma mulher por quem Margaret estivesse apaixonada num "ménage a trois" com regras a ser combinadas entre nós. Foi ela que não quis. Preferiu me descartar. Eu amava muito. Fiquei demolido por uns tempos. O amor virou raiva, depois virou desprezo, e agora nem sei mais o que é. Só sei que, de alguma maneira, consegui me reerguer. E, enquanto me reerguia, voltei a ser a pessoa que eu era antes do casamento. Por mim, isso não muda mais daqui até o resto de minha vida, por mais que a bela imagem ruiva de Margaret ainda me assombre de tempos em tempos. 
Retornei ao quarto e pus-me a contemplar Mariluce e Marilice, agora abraçadas a duas pequenas Golden Retrievers que comprei semana passada, que, diga-se de passagem, estão a destruir todo o apartamento.

Os nomes das duas são Ayesha e Ustane. Fiz questão de batizá-las a partir de duas deusas pagãs. 

Acreditem: a pele nua de Mariluce e Marilice, em contraste com o pelo bege claro das duas cachorrinhas, era a coisa mais linda que um homem da minha idade pode dignar-se a ver. 

Comecei a ficar tão excitado com aquela visão que, sorrateiramente, pus-me a lamber o cuzinho de -- acho que -- Marilice, que acordou a explodir de tesão. Aproveitei que ela ainda estava semi-adormecida e posicionei sua bundinha levemente para o alto, para assim poder enfiar minha língua mais fundo, encharcando seu buraquinho com muita saliva. Ela tremia. Disse a ela: "Quando quiseres que eu entre, basta pedir". Ela levou quase dois minutos para dizer algo inteligível em meio a tantos gemidos. Quando disse, eu rapidamente apontei minha tromba para seu cuzinho e a penetrei lenta e profundamente. Ela gritou, chorou, mas logo nossas carnes se acomodaram, com sua bundinha revelando-se rapidamente uma anfitriã extremamente acolhedora.

Mas enquanto eu navegava alegremente no cuzinho úmido de Marilice, Ayesha e Ustane acordaram com o cheiro do sexo e sapecaram algumas lambidas estratégicas no meu saco e na bucetinha dela, em uma participação especial inusitada que acabou por provocar cócegas e gargalhadas em nós dois, encerrando nossa brincadeira prematuramente, antes de explodirmos em gozo.
Marilice levantou-se para dar água e ração para Ayesha e Ustane, enquanto eu voltei para o computador. 

Mais uma mensagem de Margaret. Dessa vez, extremamente irritada, exigindo que eu conseguisse algum trabalho para ela no Brasil, pois está determinada a fixar residência por aqui. 

Disse a ela que desde que o Oceano Atlântico se colocou entre nós dois, minha vida havia melhorado sensivelmente, e que ela estava a conspirar contra isso abertamente. Insisti para que parasse imediatamente de me assediar.

Foi quando ela disse que não queria mais nada comigo. Seu problema era, na verdade, com sua ex-companheira, que -- eu não sabia -- estava agora a  morar em São Paulo desde que as duas se separaram. 

Respirei aliviado. Ao mesmo tempo, senti o mesmo mau estar de quando fui descartado por ela. Felizmente, em uma intensidade bem menor. Perfeitamente tolerável.

Amansei. E prometi ajudá-la com algumas indicações a amigos, mas não poderia prometer nada, pois o mercado de trabalho anda muito estranho ultimamente. Ela agradeceu. 

Perguntei a ela porque estava tão obcecada por essa mulher. Ela não respondeu.
Desliguei o computador e voltei para a cama. 

Marilice estava na piscina a ensinar Ayesha e Ustane a nadar no meio da madrugada. 

Enquanto isso, Mariluce seguia em seu sonho profundo. Deitei-me ao lado dela, me encaixei nela e caí no sono novamente.

Foi quando tive outro sonho muito estranho. 

Estou numa ilha, sentado em uma pedra, a olhar a lua iluminar os barcos. Chega Margaret, completamente nua, mais ruiva e languida do que nunca, com uma melancia, um facão e uma toalha extremamente grossa que ela comprou em Honolulu tempos atrás. Ela estica a toalha na mesma pedra onde estou encostado, começa a cortar a melancia em pedaços e a se lambuzar toda com ela, esfregando-a sobre seus seios, até finalmente destroçá-la contra sua bucetinha.

 Enquanto se masturba com uma das mãos, estende a outra para mim, e me puxa para perto dela. Nos beijamos, lambo e chupo seu corpo inteiro, para então mergulhar de boca em seus lindos pelos pubianos alaranjados sabor melancia. Não paro até fazê-la gozar.
Nesse momento, tiro minha bermuda e deixo minha tromba exposta diante de seus olhos famintos. Ela cai de boca sem pensar duas vezes. Mama na tromba com a voracidade de uma criança etíope. Depois a engole por inteiro sem respirar por quase 30 segundos, até quase vomitar em cima de mim.

De repente, ela pára o que está a fazer e me arrasta para o mar. Quando entro, percebo que minha tromba está a ser sugada por sereias, várias deles, que se alternam. Começo a boiar naquelas águas calmas enquanto aquelas sereias sugam minhas partes baixas e fazem com que eu goze diversas vezes, um pouco na boquinha de cada uma delas, enquanto Margaret segura minha cabeça e me beija carinhosamente, mas sem paixão. Ao final, as sereias desaparecem, Margaret me dá um beijo de adeus, vai embora com elas para o fundo do mar, e eu fico sozinho, com uma toalha havaiana numa mão e uma faca na outra.
Acordei a me sentir estranhamente bem.

Pela primeira vez em muito tempo, consegui pensar em Margaret com carinho e não reprimir o tesão que sempre tive por ela.

E esse tesão por Margaret eu canalizei para Mariluce, que dormia abraçada a mim, com minha tromba devidamente encaixada bem no meio das pernas dela. Ela acordou com meus beijos em seu cangote. Levantamos os dois para fazer xixi e vimos pela janela que já estava a amanhecer. Fui até a cozinha preparar café e waffles para nós, enquanto Mariluce foi tomar banho.

Poucos minutos depois, surge toda molhada na cozinha, com um toblerone na mão, senta na bancada ao lado da pia com as pernas bem abertas e pede, com carinha de menina má: "Enfia em mim, papai?"

Enfiei com jeito, pouquinho a pouquinho, deixei que ele derretesse lá dentro e depois pus-me a chupar todo o chocolate batizado pelo néctar de sua linda bucetinha. Ela estrebuchava maravilhosamente. Empurrava minha cabeça contra o meio de suas pernas. Puxava-me pelos cabelos para que a beijasse na boca, e ela pudesse também sentir o sabor do chocolate batizado com seu gozo. Lambuzei-a por inteiro, e chupei com afinco e ardor cada milímetro de seu corpo.
Ela retribuiu besuntando Nutella em minha tromba. Que, diga-se de passagem, ficou magnífica, a parecer com uma éclan de chocolate da Brunella. Mariluce caiu de boca e se lambuzou toda sem medo de ser feliz. E eu gozei muito, mas muito mesmo, na boca dela, contribuindo com o recheio de creme holandês que faltava ao éclan improvisado de Mariluce.

 Também pudera: depois de passar a noite inteira com uma ereção interminável -- sem gozar em momento algum, a não ser nos meus sonhos -- não podia ser de outra maneira.
Uma hora mais tarde, ao chegar ao trabalho, minha secretária Charlotte sorri, diz Bom Dia, e traz com dois recados.

O primeiro: Jurema Cartwright chegou de viagem, não vem trabalhar hoje, mas quer almoçar comigo para fazer um relatório preliminar.

O segundo: minha ex-mulher Margaret, que imaginava estar em Lisboa, estava na verdade em São Paulo o tempo todo, e vem a Santos hoje para, se possível, almoçar comigo.

Imaginei rapidamente Jurema e Margaret juntas e pedi a Charlotte para confirmar com as duas, sem falar de uma para a outra.

Pensei cá com meus botões: "Isto vai ser engraçado. Melhor que terapia."





Eu, Manuel Mann, 55 anos,
dedico esta crônica libertina
 às irmãs gêmeas não idênticas 
Giselle e Patrícia Bundchen, 
por motivos mais do que óbvios.

E aguardem as receitas 
da Cozinha Macha de Manuel Mann:
 STROGANOFF COM TALHARIM
 SOUFFLÉ DE ROQUEFORT
 CROC MONSIEUR
 FRANCESINHAS DO PORTO 
PIZZA QUADRADA DE PEPPERONI COM BORDAS DE BACON

Ao longo desta semana neste novo blog,
 O DIABO A QUATRO



segunda-feira, maio 25, 2015

A COZINHA MACHA DE MANUEL MANN: STROGANOFF COM TALHARIM


O Brasil é, definitivamente, um país maluco. 

Como explicar que um prato criado por um cozinheiro russo, que fugiu para Paris durante a Revolução Bolchevique, iria acabar se transformando num prato popular por aqui? 

Como não podia deixar de ser no Brasil, a receita original, com filet-mignon e cogumelos frescos, foi completamente avacalhada. Aqui, usa-se qualquer tipo de carne, algumas absolutamente inadequadas. Os cogumelos frescos são trocados por champignons em conserva sem sabor algum.

Para piorar, foram criadas aqui as versões frango com milho, lombo de porco em cubos, presunto em cubos, cação em cubos, lula, camarão e frango com milho, que é disparado a mais popular de todas. Ah, tem até uma versão com soja disfarçada de carne bovina que meus amigos vegetarianos acham um horror. 

Para piorar, incluíram cachaça e ketchup na receita, e tem gente que joga na panela até mostarda e maionese. Uma crueldade bárbara com uma receita tão tradicional.

Conheçam agora a verdadeira receita do Stroganoff, criada em homenagem a um conde russo que tinha este sobrenome. Por algum motivo obscuro, quando aportou por aqui virou Strogonoff, e, mais adiante, Estrogonofe. Virou referência de “comida chic” para os mais humildes e foi estigmatizado como “prato cafona” por setores da classe média. Não é nem uma coisa nem outra. 

O Strogonoff é, na verdade, um picadinho com pedigree, ou um goulash com upgrade. A julgar pelo histórico de vida do cozinheiro que o criou, trata-se de uma verdadeira “pièce de résistance”. Literalmente falando. 

Eis a receita:



INGREDIENTES
1k de Filet-Mignon
1 colher de sopa
 de Páprica Doce
Raspas de 1 Limão
1 colher de sopa
 de Manteiga
300g de Cogumelos
 ou Champignons frescos
 (nada de conservas) 
1 colher de café
 de Pimenta do Reino
 moída na hora
2 Cebolas Grandes picadas 
4 dentes de Alho amassados 
1 ramo de Salsinha
250ml de Creme de Leite fresco 
3 ou 4 colheres de sopa
 de Polpa de Tomate 
1 cálice de Brandy
Azeite
Sal a gosto


Rende 4 porções

Pique o Filet em tirinhas finas, da largura do dedo. Se você pegou um Filet alto, bata-o com um martelo até ficar fininho. Misture a ele a Páprica, as raspas do Limão, Sal e Pimenta do Reino a gosto.

Numa frigideira grande, aqueça um pouco de Azeite e frite a Cebola (picada em cubinhos) e o Alho (fatiado). Quando começarem a ficar transparentes, aumente o fogo, e acrescente a Manteiga e os Cogumelos, previamente fatiados em tamanhos que caibam na boca. Doure-os até ficarem marrons, e reserve-os em outra tigela.

Acrescente mais Azeite à mesma panela, e frite o Filet rapidamente até pegar uma cor por fora, mas mantenha-o macio por dentro. Acrescente a mistura de Cogumelos, e embebede seu preparado com um calice de Brandy.

Desligue o fogo. Acrescente o Creme de Leite. Mexa um pouco mais e finalize com a Salsinha picada. 

Sirva sobre Talharim bem cozido, só na água e no sal (nunca al dente). Testei com talharim integral, e o resultado foi bem interessante, eu recomendo. 

Evite ao máximo servir com arroz branco e batata palha. Lembre-se: esta receita é de Stroganoff. Estrogonofe é uma outra coisa...


quinta-feira, maio 07, 2015

TRINTA ANOS DE JOGOS SEXUAIS DE FIM DE TARDE NUM APARTAMENTO NO PLANALTO CENTRAL

Todo final de tarde, quando o sol batia na sala do apartamento de seus pais na 302 Sul, ela surgia nua, coberta apenas por véus de seda extremamente finos e em cores claras, e saía a dançar pela sala com a delicadeza de quem traz em sua bagagem de vida anos e anos de dedicação intensa ao ballet clássico. Seu corpo era arrebatador, com formas deliciosamente arredondadas. Não era corpo de bailarina. Seus ossos eram imperceptíveis. Era uma mulher feita de carne. Apertá-la com firmeza era um imenso prazer. Assisti-la naquele espetáculo que ela me proporcionava todas as tardes, de segunda a sexta, era um incomensurável prazer. Até porque conhecia bem o programa do espetáculo, e sabia que seria platéia somente nos primeiros minutos da apresentação. 

Ela era criativa. A cada dia, sua dança tomava um rumo diferente. Tinha dias em que se aproximava de mim durante a dança, para logo em seguida abrir o zipper de minhas calças e imediatamente engolir minha piroca por inteiro, em etapas distintas, centímetro por centímetro, com uma delicadeza meio heroica que tinha tudo a ver com seu jeito de dançar. Quando sua boca ficava completamente cheia, ela libertava minha piroca delicadamente, passando a esfregá-la, toda lambuzada, contra seu rosto. A seguir, punha-se a lamber meu saco enquanto me masturbava suavemente, para então engolir novamente minha piroca e começar tudo de novo. Detalhe importante: sempre a sorrir para mim.  

Outros dias, ela arrancava minhas roupas com os dentes e me deitava nu sobre o tapete da sala. Primeiro, esfregava sua bucetinha pelas minhas pernas, e depois pelos meus braços, para então sentar-se delicadamente sobre minha cabeça e encaixar seu clitóris contra meu nariz e sua bocetinha em minha língua ereta. Seus movimentos eram graciosos, mas intensos. A danadinha não sossegava enquanto não deixava meu rosto e meus cabelos completamente lambuzados com seu gozo abundante. 

Nossa brincadeira sempre terminava com a jovem bailarina nua, de quatro, sobre o tapete. Ou debruçada sobre as janelas da sala com as pernas entreabertas e sua linda genitália completamente exposta, coberta apenas por uma penugem rala e irresistivelmente lisa. Ou ainda amparada sobre um dos encostos laterais do sofá da sala, com sua bundinha apontada para cima. Em qualquer dessas três posições, ela pedia sempre a mesma coisa para mim: "lambidas de cachorrão". 

Eu, o cachorrão, atendia ao chamado de imediato. Lambia toda a área entre seu cuzinho e sua bucetinha, alternando mordidas e chupões em sua bundinha e na parte interna de suas coxas até enlouquecer completamente com o perfume arrebatador -- e inesquecível -- que emanava daquele pequeno vale. Ao final, depois de encharcar seu cuzinho com muita saliva, enterrava minha piroca, já bem lubrificada de KY, com delicadeza, mas sem muita cerimônia. Nada de movimentos muito rápidos. Nada de enterrar muito fundo, sem freio, para não machucá-la e perder a viagem. Comer cu é como pisar na lama: enquanto estiver escorregadio, está tudo bem. E vital ter sempre muito cuidado para não proporcionar mais dor do que prazer.

Ela gozava diversas vezes enquanto eu a penetrava gentilmente. Já eu tratava de retardar meu gozo o máximo de tempo possível, até finalmente explodir e encharcar o cuzinho dela. Ao gozar, sentia tanta dor por toda a minha genitália e pelas pernas que parecia que iria morrer logo a seguir. Mas nunca morria. E a brincadeira era sempre retomada no final da tarde do dia seguinte, antes do pai e da madrasta dela voltarem do trabalho. 

Curiosamente,nunca tomamos um flagrante. 

E sempre tive a nítida sensação de que ela queria ser pega, pois seria a sua libertação.
Seu nome era Lilian, e ela era virgem. 

Seu pai, um gaúcho da fronteira, boçal e truculento -- lembrava John Huston em "Chinatown" --, insistia que ela deveria ser freira e entrar para um Convento. Fazia exames nela todo ano para checar se os lacres de fábrica da filha continuavam todos lá. Uma criatura inacreditável. 

Suas irmãs mais velhas não se casaram virgens, mas com para elas o velho não dava a mínima. O caso é que, de todas as filhas, Lilian era mais parecida fisicamente com sua mãe, que falecera muito jovem, e sofria as consequências disso. Seu pai a queria tão imaculada quanto a memória que guardava de sua mãe. Lilian tinha uma relação estranha ele, alternando repulsa e atração em doses iguais. Fazia o jogo do velho: posava de santinha em casa, e canalizava sua rebeldia para o sexo. Aceitava a regra imposta por ele de manter sua bucetinha intacta para consumo exclusivo de Deus, ou de algum mortal que ele aprovasse. Já seu cuzinho pertencia inteiramente a ela. Gostava muito de foder, decidiu que não iria deixar de dar a bunda para quem assim a quisesse. Em outras palavras: usava e abusava da entrada de serviço, mas a entrada social estava sempre trancada a chave.

De minha parte, eu não tinha do que reclamar. 

Nos quatro meses em que frequentei assiduamente o derrière de Lilian de segunda a sexta, aprendi a dominar todas as técnicas para enterrar com fé até mesmo nas bundinhas mais reticentes. Descobri que com um pouco de bom senso e treino constante, qualquer homem minimamente aparelhado anatomicamente -- o meu caso, confesso não ter uma piroca avantajada, meu modelo é standard -- pode transformar-se num amante exemplar. Aprendi que o segredo está nas preliminares. É como bater bife. Para amaciar as meninas, basta deixar que a língua protagonize a ação e tratar de fazer as massagens certas nos lugares certos de seus corpinhos adoráveis. Antes mesmo delas cogitarem se iriam ou não entregar a mim seus cuzinhos, eu, desavisadamente, já estava lá dentro deles. 

Depois de Lilian, eu não demorei a virar uma espécie de lenda urbana na UnB. Qualquer mulher em com quem eu me relacionasse, ainda que rapidamente, cuidava de fazer a propaganda dos meus talentos. Em pouco tempo, uma infinidade de mulheres começou a se insinuar para mim. A abundância -- sem trocadilhos, por favor -- era tamanha que eu me via obrigado a escolher quem eu iria levar para casa -- ou quem iria me levar para casa, o que viesse antes. 

Por um período de tempo, eu tive toda a Universidade de Brasília de quatro para mim. Virei uma espécie de Doutor Honoris Causa em Administração de Bundinhas Satisfeitas.
Como tudo cansa, depois de algum tempo, minha rotina de segunda a sexta com Lilian começou a perder a graça. Eu estava na brincadeira só pelo sexo, não tinha maiores interesses afetivos nela. Para piorar, eu, pouco a pouco, comecei a achá-la uma terrivelmente chata. O apartamento de seus pais, repleto de quadros e estatuetas de gosto duvidoso, indicava sinais claros de ostentação de classe média ascendente desprovida de estofo, e aquilo começou a me incomodar também. Até os temas musicais que ela escolhia para fazer sua dança dos sete véus passaram a me irritar. Lilian insistia em dançar ao som de trechos de "As Seis Esposas de Henrique Oitavo" e "Viagem Ao Centro da Terra", de Rick Wakeman. Vez ou outra, eu até conseguia convencê-la a usar "One Of These Days" do Pink Floyd, ou "The Low Spark Of The High-Heeled Boys", do Traffic, e o resultado era sempre muito melhor. Chegamos até a tentar trechos de discos de Miles Davis e John Coltrane, mas ela não se sentia à vontade com jazz. Preferia Rick Wakeman. 

Eu odiava Rick Wakeman. 
Quando disse a Lilian que nossa brincadeira havia se esgotado e era melhor nos separarmos, ela chorou muito. Disse que me amava. Num ato de desespero, me ofereceu sua bucetinha. Eu fiquei horrorizado com a ideia de ser o escolhido para tirar sua virgindade. Já imaginava o pai dela vindo atrás de mim com um de seus muitos facões de churrasco. Disse para mim mesmo: "Obrigado, Não". Talvez tenha sido cruel com ela. Mas aquilo não ia acabar bem para nenhuma das partes envolvidas. Melhor acabar assim. 

Foi quando comecei a sair com Valerie, uma francesinha linda, ruiva, branquinha, branquinha, com axilas peludas sempre muito perfumadas. Gostei da experiência de trepar com uma típica camponesa européia. Acreditem, sovacos femininos peludos tem seu charme.

Depois conheci uma baianinha linda, bem morena, sorridente, rechonchudinha, gostosíssima, chamada Mariana, que tinha um fogo no meio das pernas que eu nunca tinha experimentado antes. Adorava urinar no meu peito depois de foder. Eu achava lindo. Nunca tive nada contra escatologia soft. Se é que Brasília tem algo de muito bacana, é justamente essa diversidade étnica e cultural. 

Vieram muitas outras mulheres na sequência dessas. Eu tinha um amigo que trabalhava na Biblioteca da UnB que sempre liberava a entrada em setores reservados para pesquisas que viviam sempre vazios. A única recomendação era a de praxe em qualquer Biblioteca: Silêncio. Era uma delícia transar diante daquelas vidraças enorme com vista para o Lago Paranoá. A UnB era um paraíso. Dava vontade de engatar um curso num outro para nunca ter que se formar, e ir embora dali. Eu mesmo fiz dois cursos inteiros, e por pouco não me formei num terceiro.

Vez ou outra esbarrava com Lilian pelos corredores do Minhocão da UnB. Nos cumprimentávamos, mas nem parávamos para conversar. Um dia ela começou a circular com um sujeito bem mais velho que ela, que lembrava muito o então Ministro do Trabalho Almir Pazianotto. Francamente, até achei que fosse realmente o Almir Pazianotto, mas um dia ouvi sua voz e percebi que seu sotaque era da Bahia ou de Sergipe. Soube mais adiante que os dois se casaram -- sem a aprovação do pai dela, diga-se de passagem. Tiveram uma filha. Mudaram para João Pessoa. Nunca mais soube dela. 
Mais de trinta anos se passaram, e eu confesso que, desde então, sempre que como um cuzinho e faço juz ao lema cafajeste "satisfação garantida ou suas pregas de volta", eu penso em Lilian. Com carinho. 

Fiquei 30 anos sem voltar a Brasília. Estive por lá nesta última semana a trabalho, convidado a participar de um Simpósio sobre Liberdade de Imprensa na UnB. Talvez vocês não saibam, mas fui editor de algumas publicações de prestígio em Lisboa. Ganhei diversos prêmios, como repórter e como editor -- um deles por uma reportagem extensa sobre spring-breakers na Costa Brava, que foi republicada em revistas masculinas do mundo inteiro, inclusive aqui no Brasil. 

Em meu dia como palestrante, diante de um anfiteatro lotado, não pude deixar de notar na platéia uma jovem um pouco parecida com Lilian, só que com olhos azuis, pele levemente mais clara e um pouco mais alta. Ela veio falar comigo no final da palestra. Seu nome era Magali. Tinha 32 anos. Era realmente filha de Lilian. A voz era muito semelhante. Perguntei sobre sua mãe, morrendo de medo de ouvir como resposta algo de tipo "Morreu" ou, pior, "Está aqui, sentada lá no alto do anfiteatro, veja... está acenando para você". Mas não. Magali primeiro fez dez segundos de silêncio, depois olhou para mim, esboçando um sorriso bem insinuante e disse: "Vamos beber alguma coisa em algum lugar longe daqui que eu conto por onde ela anda".
Seguimos rumo à 109 Sul. Chegar no Beirute depois de 30 anos foi como levar uma bofetada do passado. Quantas bebedeiras, quantos papelões, quantas descomposturas eu vivi naquele bar. Que estranho mistério faz com que, após tantos anos, o Beirute permaneça rigorosamente com a mesma cara e o mesmo espírito?

 Sentamos, pedimos uma garrafa de Beira Bier, a deliciosa cerveja pilsen da casa (10 reais), que eu não conhecia ainda. Gostei. Levemente amarga. Sabor suave. E, mais importante de tudo, sem "cereais não maltados" -- um eufemismo da Indústria Cervejeira para nos empurrar goela abaixo "cerveja de milho", cereal de custo bastante inferior ao da tradicional cevada. Magali, que é habitué da casa, me disse que a marca existe há 4 ou 5 anos, e é um sucesso. 
Pedimos de entrada dois quibeirutes assados recheados com queijo e acompanhados de coalhada seca ao lado (8 reais cada), uma maravilha do cardápio da casa, que felizmente permanece com o mesmo sabor marcante de 30 anos atrás.
A seguir, matei as saudades do tradicionalíssimo Filet à Samuca (55 reais), com creme de milho, ervilhas e bananas fritas. Uma delícia. 

Já Magali preferiu o Filet à Parmegiana (50 reais), mas fez questão de provar meu Filet à Samuca -- e eu adorei provar do Filet à Parmegiana dela.
 Enquanto comíamos, Magali me falou um pouco de sua vida. Mal conheceu o pai, que morreu de infarto quando ela tinha 3 anos. Ela e a mãe voltaram a Brasília com uma mão na frente e outra atrás, e vieram morar com o velho gaúcho novamente, que as recebeu muito a contragosto. 

Magali e seu avô, pelo visto, não se bicavam. Incompatibilidade de gênios. Tanto ela quanto Lilian passaram anos terríveis ao lado dele, que -- acreditem: nada é tão ruim que não possa piorar ainda mais -- culminaram com 5 anos convivendo com Alzheimer antes de sua morte.

 A morte do velho gaúcho foi, para Magali, um alívio, em todos os sentidos. Para Lilian, não. A morte do pai a levou a uma depressão profunda. Para a surpresa de todos, ela, um belo dia, entregou sua filha para sua irmã mais velha criar e anunciou para a família que satisfazer o desejo do pai e entrar para um Convento.

Assim, Magali foi criada em Brasília pela tia. No mesmo velho apartamento enorme da 302 Sul em que Lilian fazia suas danças para mim.
Saí do Beirute meio bêbado e completamente atônito com aquela história toda. Magali estava mais embriagada ainda, e mal conseguia manter-se em pé. Veio até o carro abraçada comigo. Ria muito da situação. Me pediu para deixá-la em casa. Eu dirigi com muito cuidado -- estava com um carro alugado -- e, apesar do trânsito rápido de Brasília, consegui chegar à 302 sem maiores problemas.

 Ao chegarmos lá, Magali agradeceu e me convidou para subir e tomar um chimarrão, para quebrar com a bebedeira. Eu relutei a princípio, mas, não resisti à tentação de rever aquele velho apartamento. Estava muito diferente do que era antes. Não tinha mais aqueles artefatos de gosto duvidoso que me incomodavam. Provavelmente foi redecorado pela irmã de Lilian, que agora morava por lá. 

Fomos até a cozinha esquentar água e preparar a cuia. Sentamos no sofá da sala e lá estava eu, naquele mesmo lugar, num final de tarde como tantos outros trinta anos atrás, diante da filha da minha antiga playmate. Enquanto conversávamos sobre amenidades, Magali, suavemente, se aproximou do meu ouvido e sussurrou que sabia das danças que sua mãe fazia para mim. Gelei. Devo ter sorrido amarelo logo em seguida. Tentei dizer alguma coisa, mas ela, prontamente, colocou seu dedo indicador nos meus lábios e disse, sorrindo: "Fique quietinho aí que eu já volto".
Foi quando eu escutei os primeiros acordes de "One Of These Days" do Pink Floyd e vi Magali entrando em cena nua, envolta nos mesmos véus de seda que sua mãe usava. Ela era tão delicada e envolvente quanto Lilian. Tentei ao máximo não me deixar arrebatar por um sentimento nostálgico -- odeio nostalgia --, mas foi inevitável. Estávamos de volta ao mesmo velho número sacana dos fins de tarde de 1984.

Felizmente, a nostalgia de Lilian durou pouco. Magali logo me surpreendeu com algo que Lilian jamais fez antes: puxou minha calça e minhas cuecas, tudo ao mesmo tempo, e saiu chupando meu saco e enfiando o dedo indicador no meu cu até que meu pinto ficasse mais quente e duro que uma chapa de aço recém-saída de um alto forno. 

Magali trepava parecido com sua mãe, mas seu jeito é bem mais truculento. Me deitou no sofá, sentou na minha cara esfregando sua bucetinha trêmula e seu cuzinho perfumado na minha boca e no meu nariz enquanto chupava intensamente minha piroca e esfregava seus peitinhos sobre a minha barriga. E quando minha cara já estava completamente encharcada do gozo dela, e a boca dela cheia de sêmen, ela virou, me abraçou, me beijou e disse: "Vamos tomar um banho juntos lá no meu quarto, porque assim que você estiver restabelecido quero dar meu cuzinho para você, que nem mamãe fazia". 

Eu olhei para Magali e disse: "Só se você me deixar entrar na sua bucetinha antes." 

Ela sorriu. 

E a festa começou. Primeiro debaixo do chuveiro, onde a ensaboei carinhosamente por mais de dez minutos, enquanto explorava com minhas mãos cada pedacinho de seu corpo. Depois, na poltrona diante da cama dela, onde ela, sentada, voltou a chupar meu saco e minha piroca  enquanto enfiava seu dedo indicador no meu cu. Foi quando tomei a rédea da situação. Segurei Magali pela cintura de ponta cabeça e começamos um "69 Mortal", que a deixou completamente enlouquecida, mordiscando minha glande enquanto agarrava forte nas minhas pernas. Depois de dois ou três minutos, não aguentei mais o peso e larguei Magali na cama. 
Foi só então que fui finalmente convidado para entrar em sua bucetinha. Primeiro fiz nela o número "língua de cachorrão" que sua mãe tanto gostava. Magali ficou tão descontrolado que praticamente empurrou sua bucetinha absurdamente úmida e pegajosa contra minha piroca. A sensação que eu tinha era de estar confinado dentro dela, como se, para mim, só fosse possível viver lá dentro dela. Magali gozava sem parar. Me arranhava. Me mordia. me lambia. Tudo ao mesmo tempo, num descontrole delicioso.

Eu, que estou acostumado há vários anos a trepar com profissionais, confesso que não estou mais habituado a sentir desejo em estado bruto, caótico. É absolutamente delicioso. Por mais convincentes que sejam durante o sexo, as profissionais que contrato, e que me atendem prontamente, sempre controle da situação. São posers tarimbadíssimas. Sabem como entregar ao cliente a dose certa de cada procedimento de prazer. 

Acreditem: não há nada neste Universo que se compare a uma bucetinha jovem gozando abundantemente e sugando você para dentro dela. Difícil, quase impossível. retardar o gozo enquanto sou devorado impiedosamente por um corpo impetuoso assim. Mas eu retardei, a duras penas. Sabia que o melhor da festa ainda estava por vir. 

Para minha surpresa, Magali me confidenciou que nunca havia dado o cu de forma plena até então. Tentou várias vezes, mas sempre se decepcionou no final, pois nunca encontrou alguém capaz de fazer com que ela sentisse mais prazer do que dor na brincadeira.

Pois coube justamente a mim, que havia sido "adestrado" nessa modalidade de penetração pela mãe dela, iniciá-la nessa prática. Senti um pouco de medo, devido ao peso da responsabilidade. Mas deu tudo certo. Ela respondeu bem às minhas carícias preliminares, e se derreteu toda quando a "enrabei" gentilmente. Foi um momento mágico para nós dois. Um ciclo se fechou. Magali e eu caímos num sono profundo depois de tanto carinho e tanta sacanagem.
Quando acordamos na manhã seguinte, tomei um susto.

Na poltrona diante da cama de Magali, uma ruiva nua, exuberante, alta, com um livro nas mãos, olhou para mim e perguntou, visivelmente irritada: "Quem é você? O que significa isso?"

 Magali acordou com a voz dela. Toda atrapalhada, disse: "Opa... vamos às honras da casa. Manuel, essa é Cátia, minha namorada. Cátia, esse é o Manuel, um ex-namorado da mamãe". 

Cátia sorriu, e disse: "Meu Deus...". 

Eu disse: "Muito Prazer."

Cátia levantou, veio em direção à cama, deitou-se entre nós dois, beijou Magali, me beijou, e disse: "Muito Prazer? Bom... isso nós vamos ver". 
Graças à cativante hospitalidade de Magali e Cátia, permaneci dois dias além do planejado em Brasília, na companhia cativante daquelas duas demoninhas fodedoras adoráveis.

Como a tia de Magali estava viajando em férias com o marido, o apartamento era todo nosso. Cozinhei para as duas um Strogonoff com Talharim numa noite e um soufflé com Roquefort na noite seguinte, além de Croque Monsieurs e Francesinhas no meio da madrugada, depois de bebermos whisky e brandy e fumarmos maconha entre uma sessão de sexo e outra.

Pouco antes de embarcar no Aeroporto, disse a elas que estava muito feliz por tê-las encontrado. Convidei-as para vir a Santos no Verão e ficarem lá em casa. Elas gostaram da ideia. Pedi a Magali para não comentar das nossas estrepolias com Lilian. Meio chorosa, ela me disse para não me preocupar com isso, pois desde que entrou para o Convento, há quinze anos, Lilian nunca mais quis vê-la ou falar com ela. As notícias que ela tem de sua mãe chegam por intermédio de suas duas tias, as únicas parentes que ela permite que a visitem. Até seu nome mudou: agora é Irmã Joana.

Por último, Magali sorriu pra mim, me abraçou e disse: "Olha, esses três dias trepando com você foi o mais próximo que consegui chegar de minha mãe nesses anos todos. Pode acreditar: essa dose cavalar de sexo valeu por alguns anos de terapia para mim". Me beijou e disse: "Não fique triste pelas escolhas que mamãe fez, você não tem culpa de absolutamente nada".

Desembarquei em São Paulo leve como uma pluma. Tirei o celular do Modo Airport e chequei se havia alguma mensagem para mim. 

Havia. 

Era de Marilu. 

Dizia: "Já te achamos no Facebook, portuga safado... você não foge mais de nós duas! No anexo, estamos enviando duas imagens nossas para que você não esqueça tão cedo do que passamos juntos aqui". 

Compartilho com vocês, leitores, essas encantadoras imagens.










Eu, Manuel Mann, 55 anos,
  dedico esta crônica libertina
 à atriz Dakota Johnson, 25 anos,
 linda filha de Don Johnson (Miami Vice)
 com Melanie Griffith (Something Wild),
 cuja carreira há de sobreviver
 à horrenda adaptação cinematográfica
 de "Cinquenta Tons de Cinza",
 um dos maiores fiascos de bilheteria do ano.
E aguardem as receitas do
 STROGANOFF COM TALHARIM,
 do SOUFFLÉ DE ROQUEFORT,
 do CROC MONSIEUR
 e das FRANCESINHAS DO PORTO
 ao longo desta semana neste novo blog,
 O DIABO A QUATRO





quarta-feira, maio 06, 2015

E LÁ VOU EU, AGORA SEM AS PERNAS E COM APENAS UM DOS BRAÇOS


Peço desculpas a todos, tive que ausentar-me deste espaço semana que passou devido a um acidente pessoal: Caí de uma escada. Na verdade, "rolei escada abaixo", como dizem cá no Brasil.

A culpa do ocorrido deve, com toda a certeza, ser creditada a uma lente multifocal que vim a usar de um ano para cá. Jamais consegui acostumar-me a ela. Custo muito a encontrar o foco correto nela, Quando encontro, necessito jogar a cabeça levemente para trás para manter-me em foco -- uma atitude que imprime à minha imagem social ares de Imperador Romano. Várias pessoas já me acusaram de pedantismo por conta disto. É injusto. Mas é compreensível. E, infelizmente, inevitável.


Ou melhor: ERA inevitável. Meus óculos se espatifaram na queda. Encomendei um novo par, que ainda não me foram entregues. São multifocais também, só que com lentes mais amplas, o que deve prevenir desequilíbrios que provoquem futuros tombos e as odiosas poses de Imperador Romano.


Sendo assim, escrevo estas linhas neste momento com os olhos bem próximos à tela do meu laptop. É o que me restou. Sou um semi-cego.


Mas o pior de tudo é que, na queda, não foram apenas meus óculos que se quebraram. Quebrei também minha perna esquerda e meu braço esquerdo, e ainda torci meu tornozelo direito.


Resultado: estou há quase três semanas com minhas duas pernas imobilizadas, sentado em uma cadeira de rodas irritante, e a escrever com apenas uma das mãos.


Nos primeiros dias, quase enlouqueci. As limitações eram terríveis. Mas, de alguns dias para cá, já consigo desfrutar de algumas pequenas -- às vezes, ridículas -- vantagens que essa situação me proporciona. 


São poucas. Mas, acredite, elas existem.


Logo que cheguei em casa do Hospital, pensei em Jimmy Stewart em "Janela Indiscreta", e corri até a varanda -- meu apartamento fica defronte ao mar --  para tentar ajustar meu pequeno, mas eficaz, telescópio à minha nova condição de cadeirante honorário. 

Para minha sorte, descobri que, mesmo sentado na cadeira de rodas, conseguia flagrar cenas na praia que jamais seria capaz de perceber ao caminhar pela areia. Cenas 


Pela manhã, em dias de sol, não havia nada mais espetacular e digno de aplausos do que minha vista panorâmica de corpos bronzeados de mulheres lindas deitadas na areia ou sentadas em cadeiras de praia, indo ao mar de hora em hora para um merecido e quase sempre revelador refresco corporal. Ah, como não enlouquecer diante daqueles deliciosos flagrantes involuntários de nudez sempre que os biquinis se rebelam contra suas proprietárias, insistindo em não acompanhar o movimento de seus seios e de seus quadris em contraponto às ondas do mar.


Já no período vespertino, a visão daqui de minha varanda revela outro tipo de cena cotidiana. Acontece de tudo naquelas areias no período entre a hora do almoço e o final da tarde. Desde grupos a fumar maconha livremente e "casais de vários sexos" a fazer sexo dentro e fora d'água, até um flagrante em uma simpática orgia num pequeno veleiro que seguia distraidamente bem próximo à Costa.


Alguns de vocês aí já deve estar a pensar: "Pronto, esta é a deixa para que este português tarado começar a falar de seu tema recorrente favorito: AS SURUBAS"

Peço que me desculpem, não vou falar de surubas. Uma suruba, para poder ser considerada como tal, necessita ter ao menos cinco participantes -- se possível, mais mulheres do que homens. E o máximo que aconteceu comigo nesses últimos dias foram pequenas orgias com mais 2 ou 3 meninas, onde eu figuro como o único varão. Suruba tem uma outra dinâmica, bem diferente.


Na verdade, eu cansei um pouco de surubas. Gosto de cercar-me de muitas meninas, mas não quero compartilhá-las com estranhos. Estou mais egoísta de uns tempos para cá. Quero-as inteirinhas para mim, mesmo que não consiga dar conta de toda a situação.



Daí, vou tentar contar toda essa história desde o começo, para que meu drama fique bem exposto e eu não corra o risco de ser mal compreendido -- como fui tantas vezes anteriormente. 

Prometo ser o menos prolixo possível:


Duas enfermeiras me acompanham desde que saí do Hospital, cada uma delas com a missão de cuidar de mim a cada 6 horas do dia. Ambas muito pouco simpáticas e nada atraentes como mulheres. Para torarem uma idéia, uma delas até parecia o ex-Ministro Luis Carlos Bresser Pereira. Não me deram a opção de escolher as enfermeiras, tive que aceitar as que me impuseram. Se tivesse podido escolher, teria optado por duas bem opulentas que ostentassem um certo jeito de olhar e sorrir bem contidos que são comuns às mulheres mais devassas deste Planeta.

Mas, infelizmente, as duas enfermeiras eram absolutamente "brochantes", como dizem cá no Brasil. A situação era tão grave que nem na hora do meu banho, o toque das mãos delas pelos meus geniais conseguia despertar em mim uma ereção involuntária. Quem já esteve hospitalizado sabe bem o quanto é difícil controlar essas ereções involuntárias, e o quanto elas podem ser embaraçosas.


Meu dia se dividia de forma cruel entre as 12 horas que passava sob a tutela delas, e as outras 12 horas que, em princípio, deveriam ser reservadas ao meu repouso. O diabo é que eu não conseguia repousar sabendo que, no dia seguinte, passaria por todo aquele drama novamente. Precisava de uma válvula de escape. Não demorei a encontrarum antídoto contra toda essa sisudez e toda essa ranhetice dessas enfermeiras. 

Liguei para o meu "delivery de prazer" favorito e encomendei duas meninas para aquela noite. Nada de meninas saradas, com jeitão de garotas de praia. Pedi meninas bem clarinhas, sem marcas de sol, altas, com seios grandes, meio opulentas e, claro, com trajes tradicionais de enfermeira.


E lá vieram elas, Júnia e Marilu, uma loira e outra morena, ambas adoráveis, ambas com trajes austeros de enfermeiras. Por baixo desses trajes austeros, elas vestiam trajes sexy de enfermeiras, e logo começamos nossas brincadeiras. Eu primeiro indicava a elas toda a terrível rotina à qual eu era submetido diariamente pelas duas assombrações que o hospital mandou para mim, e então deixava a cargo delas "complementar o tratamento" com as "técnicas afetivas" que elas julgassem pertinentes ao meu caso. 

Descobri ao longo deste processo algo simplesmente fascinante: mesmo meio entrevado, como estou neste momento, é possível participar efetivamente de um "ménage à trois" com duas companheiras que saibam ser habilidosas e compreensivas. Pensei comigo mesmo: Quem diria que aquilo que Jane Fonda fez com Jon Voight naquela cena clássica de "Coming Home" poderia ser realmente viável!". 


Pela manhã, fui acordado pelas meninas com muitas carícias e ganhei de presente delas um banho com toalhas perfumadas sentado na cama, seguido de deliciosas carícias manuais e bucais. 


Em retribuição, preparei Ovos à Benedict para que todos nós pudessem recompor as forças depois das brincadeiras deliciosas da noite anterior. Não foi fácil ajustar a cadeira de rodas à altura do fogão para comandar a frigideira, mas acabei conseguindo, mesmo com um braço só. 


Depois que as meninas foram embora, pouco antes das oito da manhã, e a primeira enfermeira chegou, pus-me a dormir imediatamente. Estava cansado. Além do mais, os anti-inflamatórios que tomo diariamente não contracenavam bem com toda a movimentação sexual da noite anterior. Eu estava um bagaço, para falar português claro. Deixei o dia correr, e à noite optei por assistir dois filmes em sequência na TV e voltar a dormir. Pensei comigo mesmo: melhor descansar bastante hoje para amanhã estar inteiro para mais uma brincadeira com as meninas.

Fez sol no dia seguinte. Passei manhã e tarde pendurado no meu telescópio, a ignorar solenemente as enfermeiras -- que, por sua vez, não se conformavam com meus ímpetos voyeuristas, e faziam cara feia pra mim sempre que passavam por perto. Eu não ligava. Dizia para elas: "Cara feia pra mim é fome". 


Logo mais à noite, Júnia e Marilu estavam de volta a seus postos. Mais uma noite deliciosa nos esperava. Tudo o que havia no Kama Sutra que pudesse ser realizado sem o apoio de duas pernas e com apenas uma das mãos, nós três, na medida do possível, conseguimos realizar com sucesso. 


Pela manhã, um novo banho, com novas modalidades de carícias. Encantadoras as duas. E lá fui eu para a cozinha preparar Panquecas com Geléia de Amoras para minhas adoráveis diabinhas da cruz vermelha. Fiz questão de colocar garfada por garfada na boquinha de cada uma das duas antes que fossem embora.


Verdade seja dita: em meus 55 anos de vida, fui capaz de suportar situações terríveis, que até Deus duvida, mas ter que conviver 12 horas por dia com essas duas criaturas detestáveis do sexo feminino estava acabando comigo. 

Foi quando tive uma idéia: liguei para o "delivery de prazer" que habitualmente me atende e perguntei, assim como quem não quer nada, se alguma das meninas do elenco da casa teria prática com primeiros socorros e noções básicas de enfermagem.


 Ela me respondeu: "Querido, claro que sim, você tem idéia do quanto é comum clientes enfartarem durante as sessões terapêuticas com minhas meninas? Todas elas todas foram treinadas por enfermeiras e estão sempre prontas para agir com o tratamento correto sempre que a necessidade exige".


Foi quando perguntei a ela: "E se eu contratasse suas meninas como cuidadoras e dublê de enfermeiras, você acha que dariam conta do recado?"


Ela respondeu: "Preciso mesmo responder sua pergunta? Óbvio que sim! O único problema é que seu Plano de Saúde dificilmente irá cobrir os custos"



Pois bem: essa conversa aconteceu duas semanas atrás.

Desde então, tenho sido atendido por três moças de cada vez, em turnos de 72 horas contínuas. Júnia ou Marilu sempre estão no comando do grupo.


Não tive mais tempo sequer de ir ao telescópio, e não faço outra coisa senão ser continuamente devorado por essas meninas. 


E, por incrível que pareça, minha recuperação vai de vento em popa. 


Encerro meu relato por aqui. Primeiro, porque escrever com uma única mão cansa demais. E segundo porque tenho coisas muito melhores para fazer com minha única mão operante do que "batucar" num teclado de computador. 


Não vejo a hora de voltar a funcionar 100% novamente. 


Prometo que quando isso acontecer, promoverei uma Suruba à Moda da Velha Roma, como as dos velhos tempos em Brasília.


Até lá, amigos.
Eu, Manuel Mann, 55 anos,
  dedico esta crônica libertina
 à atriz Sally Kellerman,
 que criou no filme M.A.S.H.,
 de Robert Altman,
 uma enfermeira para acabar
 com todas as outras enfermeiras:
 a inesquecível Hot Lips.